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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Há um ano minha irmã escreveu...



Hoje as palavras são de Carol CArvalho para JulliPop



Oi irmã,


não sei se precisei ensaiar isso durante algum tempo, se foi a falta de coragem de demonstrar a emoção ou se foi o destino que queria me fazer passar por uma experiência ontem que me ajudasse a falar melhor sobre isso..


Sábado estávamos lá todos nós unidos para realizar um projeto desenvolvido pelo seu potencial criativo com mega esperanças mas também com muito medo porque não sabíamos que iria dar certo. Apesar disso fomos esperançosos e querendo o melhor, a única coisa que não fomos foi preparados, preparados para a surpresa, para a emoção, para o carinho e para as pessoas, mas mesmo sem preparação foi por isso que passamos... quando diferente tipos de pessoas pegaram um giz na mão e começaram a se colocar sem a mínima preocupação com poses, talentos, olhos e outras pessoas, desenhando o que de mais legal vinha em suas cabeças uma mágica passou a acontecer e ali pude ver um sonho se realizando e capacidade mais que real de uma pessoa se tornando realidade com muita naturalidade e resultados.


Ao ver aquela praça de concreto se tornar uma página de papel gigante e coletiva eu vi uma artista, criadora, educadora e grande pessoa encontrar o seu espaço, porque sei o quanto você se dedicou a esse projeto e como a sua mente trabalha buscando sempre a conquista de sonho artístico para o meio e o quanto o resultado positivo era não só uma constatação da sua capacidade e sim uma relação com as pessoas, com a arte, com o espaço e com tudo que esse processo pode proporcionar.


Por conta de tudo isso fiquei muito emocionada por você, pela sua capacidade e principalmente pela sua força de vontade porque mesmo passando por todas as barreiras, todas as complicações, todos os dinheiros e todas as crenças, você continuou e sempre continuará a ver o mundo colorido e correr atrás dos seus sonho, isso não é para qualquer um, não mesmo, muitas vezes é bem mais fácil desistir, mas acho que ainda assim é preferível esperar e superar para se ver um resultado como esse.


Obrigada por existir e sempre me ensinar a sonhar...espero seguir conseguindo!!!


Te amo muito,


parabéns


um beijo


Carol Carvalho

Do jardim

Imagem
Guache de Burle Marx do projeto de jardim da Residência de Odette e Julio Monteiro (atual Fazenda Marambaia), Corrêas, Rio de Janeiro, 1948 [Acervo Burle Marx & Cia. Ltda. Imagem retirada do livro resenhado, p. 59]
OLhar o jardim os detalhes suaves do jardim por horas e horas no jardim onde os gatos deitam, onde o tempo passa lento, onde a vida mora junto com a nossa vontade. Lugar onde o verde é de verdade, onde o ar passeia leve com o sentir. Quero ir daqui até ali, é perto mas não posso chegar, é quase intocável, proibido pelo necessário dos dias. E que dias são estes? Ausentes? Espero intermitente o branco chegar, aquele onde posso imprimir a imagem que quiser no tempo espaço que desejar sem julgamentos descontentações só estar.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Pesando...



...às vezes pesa...pesa um tanto quanto tempo dure que nunca sabemos exatamente quanto vai durar, mas é duo, dói, prende a respiração, quase afoga, mata...ok estou exagerando, exagerar é meu tino, seja para o belo lindo ou pela dor...olá, nem tanto quanto aqui possa parecer mas no instante presente quero falar de doer.
Doer desconforta, tira do lugar, aperta e expandi depois de controloar ou descontrolar...
Lá guardado em uma caixa de paredes fica preso, sente. (não importa quem o que)Está lá, possível não na calma mas no diálogo com a alma ou a superficie dela.
Vai passar...comecemos a contar no relógio...5, 4, 3, 2, 1...se você acabou, já passou!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nas curvas das palavras


É tarde...bem tarde...não sei se queria estar acordada mas também não consegui dormir até agora, ou não quis não sei. O que sei é que um enjoo chato "rebordoso" dos remédios que tomei pra gripe, tem me perseguido ainda...é chato...fica na boca do estômago querendo conversar comigo. Coisas que normalmente acontecem com a gente mas a gente não fala pra ninguém, feito quando temos chulé, (chulé escreve assim?)ou precisamos soltar pum ou qualquer coisa destas que meio que ficam em segredo sabe...só a gente sabe e compreende, ou não. Por vezes não compreendemos porque estas coisas acontecem, mesmo parecendo ser questões biológicas, por vezes não compreendemos. Assim como não temos como compreender o que o outro sente, ou como nossas atitudes por vezes impensadas entrarão ou não em outras pessoas, não sabemos também como serão ou não as consequencias destas situações...estranho. Assim na verdade é a vida e são os dias, horas, minutos e segundos. Imcompreensíveis em seu nascimento de certo modo, ou melhor, muitas vezes imprevisíveis. A vida na verdade não é como uma novela que vemos o primeiro capítulo e ja sabemos o que vai acontecer, a vida é diferente embora muitos acreditem que não, a vida é (não imaginei que diria esta palavra agora pois no momento me sinto chata) mas a vida é surpreendente! É sim, ela é, e normalmente eu sou a primeira pessoa a levantar bandeiras coloridas sobre isso, porém, uma gripe imprevista me visitou e me deixou enjoada, chata em certos momentos e me fez repensar as questões inesperadas que a vida nos traz como uma gripe por exemplo ou um valor repetido na raspadinha mostrando que você ganhou o premio (adoro raspadinha) ou uma carta de uma amiga mirim fazendo você se sentir mais vivo ou um desenho que seus alunos de 6, 7 anos fizeram de você e para você e deixaram na secretaria de surpresa te avisando que a vida vale a pena especialmente nas curvas, onde você não enxerga o suficiente para saber o que vai acontecer mas muitas vezes é positivamente surpreendido, feito quando da chuva inesperada vem o arco irís mostrando a beleza das surpresas. Ao mesmo tempo para sermos surpreendidos não podemos ficar esperando né, senão a coisa não acontece...ai ai ai! Quantas curvas em um único post. Talvez seja eu mesma querendo me surpreender com as possibilidades dos meus pensamentos (por hora esquisitos) em cada curva de uma nova palavra combinada. Confesso, neste texto, me surpreendi quando escrevi que a vida é surpreendente (embora quem me conheça tenha certeza que eu penso assim), porque aqui achei que escreveria signos imcompativeis comigo, mas enfim, as vezes e esta é uma vez destas me sinto assim, fora de mim, como se tivesse esquecido que nasci para sonhar e correr atras de fazer o sonho acontecer, para mim e para todos, e que a vida é alegria e luz...as vezes esqueço, por instantes esqueci, mas, já lembrei! As palavras me servem para isso, para eu não esquecer nunca de me lembrar...melhor ir deitar...bons sonhos.

Ilustração Gustav Klimt para ressaltar a beleza das curvas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Acordamos para novidade



É professor Carlos Rogério Duarte Barreiros...também acho que nem todo passado é descartável! Ler seu post resposta me fez reviver a sensação de um filme chamado "Colcha de Retalhos" que fala destes percalços e paixões ora arredondadas ora arriscadas, que fazem a vida valer a pena sabe. Na história, a ótica é de mulheres, mas não importa, o que vale lá é a intensidade de tudo. E acredito que a intensidade é um ingrediente especial para nossas reuniões e afazeres por aqui, por ai.

In dentro, in tenso e ficando...veja, intensidade tem em si tensão. Uma tensão necessária para fazer acontecer, necessária para as formas novas que de repente queiramos criar. Reformar ou até rejuntar, como estávamos conversando. Do pó muito podemos fazer nascer...você tem toda razão. Experimentar fazer o novo deve realmente ser a graça de tudo. Para isso acordamos né, para novidade.
Vai ver por isso gosto tanto de inventar, com palavras, cores e sons...

Mais uma vez agradeço ao universo!

domingo, 29 de maio de 2011

Nem tudo da pra rejuntar, dá?



De repente pensei "Nem tudo dá pra rejuntar", ou dá?
Será que nem tudo dá pra rejuntar? A sensação de meu coração é que não.
As vezes palavras ditas ou pior ainda, não ditas dão a vida a capacidade de não
poder receber um rejunte, esta massa capaz de conectar, agrupar, consolidar matérias, materiais, ou situações. Estranho...pensar e sentir isso enche meus olhos de lágrima, ficam como que embargados de sal, pouco sol nesta hora esguia, onde o pensamento faz a curva questionando as entrelinhas que possam haver em minha segunda pele, intuição. Diz ela que cada dia é novo, e que uma coisa quando rejuntada, boa ou não, não desgruda mais...demora a desgastar e quando resolvermos reformar, a palavra ja diz, "re" formar, dar novamente uma forma, ainda assim, nela, constará as marcas de algo que já se foi. Não temos como desgrudar de nós o que por nós passou, o que em nossas camadas grudou e quando não somos mais adolescentes sentir estas massas aglomeradas é motivo de demolição, abalo interno. Percebemos que decidir se torna consciente e irmão de consequencias, sempre...as vezes boas, as vezes ruins...nem sempre sabemos, mas sempre sempre aprendemos.
Certamente, fazer um mosaico de tudo que foi bom pode ser a base para novos dias iluminados na estada aqui na Terra. eu amo poder participar disso.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caminho para começar...



"Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação existe uma verdade: no momento em que nos comprometemos, a providência também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da decisão, segue-se todas as formas de coincidências, encontros e ajuda que nenhum homem jamais poderia ter sonhado encontrar. Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém, em si mesmo, o poder, o gênio e a magia.” Goeth
Grávida de Iniciativa...assim é a vida, tendo sua nascente nas escolhas bem como acolhida em todo coração que quando aberto encontra espaço para tudo que faça sorrir, arrepiar, repercutir...como os deliciosos sons delicadamente organizados que alguns sintonizados artistas fazem por aí, ou como as tintas se misturando e matizando papéis, pessoas e paredes, ainda, do mesmo modo que seres se encontrando e deixando seus pensamentos, ideais e sentires simpatizarem e do confronto desenharem surtos de novas possibilidades, espasmos de um novo existir.
Essa novidade vem da natureza das coisas que são como são quando nos deixamos encantar, encontrar, encostar...falo sobre um momento de registro prático da organicidade que falei no último post re citar organicidade muito cabe aqui...é como se eu tivesse experimentado intensamente a prática do que a pouco escrevi, não ainda em cartas com um pessoa por vez mas ao vivo com muitas pessoas por vez...
Rizomático,performático, delicioso (adoro usar delicioso)...

Com chuva, com vento, com tempo, deixei o dia correr e a energia penetrar, daquele lugar, por todos os meus poros para que eu pudesse me aproximar daquelas novas informações e trocar, dividir, compartilhar e me divertir...é porque se divertir é caminho para começar...é caminho para sonhar. E eu sonho!!!

Post dedicado a Tatá Muniz, meu parceiro de todas as horas (oh tô parecendo um véinha falando amor) A Fab Fabulosa, Laura, Mi e Pablo Capilé, iniciando pelo último que nos convidou para aperecer pela Casa Fora do Eixo, a Paula Mello pelas belas fotos e aos amigos do Madame Saatan presentes por lá que sempre nos fazem muito rir (gargalhar na verdade gente, Edinho é uma figura plena!)