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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PowerOff



Vendo o tempo escorregar pelo espaço como uma lesma ou taturana escorregam pela parede ou chão ou grama, foi o modo como obervei o dia escorregar até aqui. Por um sonho meio dalineano e rodrigueano acordei e fiquei. Passeei por mantras sagrados, vela amarela e retratos, links e suaves status de presença no virtual. Queria fazer muita coisa e me peguei estacionada no nada, alá Manoel de Barros, me culpando e perdoando pela pausa de mais um dia! Muitos anos sem grandes pausas causam tormentas aqui. É como se eu mesma não me autorizasse um sabático, mas, de certo modo estou nele, e são só dois meses.
Descobri nestes dias que pausar e apenas pausar é tarefa difícil. Fomos moldados para sermos liquidificadores, métodos eficazes, motores e quando precisamos desligar aparece uma espécie de alerta vermelho que grita "ÔOOOOo, tá fazendo o que parado aí!?". Irmãs, pai, mãe, sogra, cunhado, amigos, marido, correm correm correm e até se auto acodem dentro de tamanho turbillhão, daí me vejo cheia de pastas e links etéricos, invisíveis, em um tipo de stand by.
Poweroff please!!!
Peço as palavras sábias de Manoel que se façam agir sem medo em mim...

A inércia é o meu ato principal
Manoel de Barros

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