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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nas curvas das palavras


É tarde...bem tarde...não sei se queria estar acordada mas também não consegui dormir até agora, ou não quis não sei. O que sei é que um enjoo chato "rebordoso" dos remédios que tomei pra gripe, tem me perseguido ainda...é chato...fica na boca do estômago querendo conversar comigo. Coisas que normalmente acontecem com a gente mas a gente não fala pra ninguém, feito quando temos chulé, (chulé escreve assim?)ou precisamos soltar pum ou qualquer coisa destas que meio que ficam em segredo sabe...só a gente sabe e compreende, ou não. Por vezes não compreendemos porque estas coisas acontecem, mesmo parecendo ser questões biológicas, por vezes não compreendemos. Assim como não temos como compreender o que o outro sente, ou como nossas atitudes por vezes impensadas entrarão ou não em outras pessoas, não sabemos também como serão ou não as consequencias destas situações...estranho. Assim na verdade é a vida e são os dias, horas, minutos e segundos. Imcompreensíveis em seu nascimento de certo modo, ou melhor, muitas vezes imprevisíveis. A vida na verdade não é como uma novela que vemos o primeiro capítulo e ja sabemos o que vai acontecer, a vida é diferente embora muitos acreditem que não, a vida é (não imaginei que diria esta palavra agora pois no momento me sinto chata) mas a vida é surpreendente! É sim, ela é, e normalmente eu sou a primeira pessoa a levantar bandeiras coloridas sobre isso, porém, uma gripe imprevista me visitou e me deixou enjoada, chata em certos momentos e me fez repensar as questões inesperadas que a vida nos traz como uma gripe por exemplo ou um valor repetido na raspadinha mostrando que você ganhou o premio (adoro raspadinha) ou uma carta de uma amiga mirim fazendo você se sentir mais vivo ou um desenho que seus alunos de 6, 7 anos fizeram de você e para você e deixaram na secretaria de surpresa te avisando que a vida vale a pena especialmente nas curvas, onde você não enxerga o suficiente para saber o que vai acontecer mas muitas vezes é positivamente surpreendido, feito quando da chuva inesperada vem o arco irís mostrando a beleza das surpresas. Ao mesmo tempo para sermos surpreendidos não podemos ficar esperando né, senão a coisa não acontece...ai ai ai! Quantas curvas em um único post. Talvez seja eu mesma querendo me surpreender com as possibilidades dos meus pensamentos (por hora esquisitos) em cada curva de uma nova palavra combinada. Confesso, neste texto, me surpreendi quando escrevi que a vida é surpreendente (embora quem me conheça tenha certeza que eu penso assim), porque aqui achei que escreveria signos imcompativeis comigo, mas enfim, as vezes e esta é uma vez destas me sinto assim, fora de mim, como se tivesse esquecido que nasci para sonhar e correr atras de fazer o sonho acontecer, para mim e para todos, e que a vida é alegria e luz...as vezes esqueço, por instantes esqueci, mas, já lembrei! As palavras me servem para isso, para eu não esquecer nunca de me lembrar...melhor ir deitar...bons sonhos.

Ilustração Gustav Klimt para ressaltar a beleza das curvas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Acordamos para novidade



É professor Carlos Rogério Duarte Barreiros...também acho que nem todo passado é descartável! Ler seu post resposta me fez reviver a sensação de um filme chamado "Colcha de Retalhos" que fala destes percalços e paixões ora arredondadas ora arriscadas, que fazem a vida valer a pena sabe. Na história, a ótica é de mulheres, mas não importa, o que vale lá é a intensidade de tudo. E acredito que a intensidade é um ingrediente especial para nossas reuniões e afazeres por aqui, por ai.

In dentro, in tenso e ficando...veja, intensidade tem em si tensão. Uma tensão necessária para fazer acontecer, necessária para as formas novas que de repente queiramos criar. Reformar ou até rejuntar, como estávamos conversando. Do pó muito podemos fazer nascer...você tem toda razão. Experimentar fazer o novo deve realmente ser a graça de tudo. Para isso acordamos né, para novidade.
Vai ver por isso gosto tanto de inventar, com palavras, cores e sons...

Mais uma vez agradeço ao universo!

domingo, 29 de maio de 2011

Nem tudo da pra rejuntar, dá?



De repente pensei "Nem tudo dá pra rejuntar", ou dá?
Será que nem tudo dá pra rejuntar? A sensação de meu coração é que não.
As vezes palavras ditas ou pior ainda, não ditas dão a vida a capacidade de não
poder receber um rejunte, esta massa capaz de conectar, agrupar, consolidar matérias, materiais, ou situações. Estranho...pensar e sentir isso enche meus olhos de lágrima, ficam como que embargados de sal, pouco sol nesta hora esguia, onde o pensamento faz a curva questionando as entrelinhas que possam haver em minha segunda pele, intuição. Diz ela que cada dia é novo, e que uma coisa quando rejuntada, boa ou não, não desgruda mais...demora a desgastar e quando resolvermos reformar, a palavra ja diz, "re" formar, dar novamente uma forma, ainda assim, nela, constará as marcas de algo que já se foi. Não temos como desgrudar de nós o que por nós passou, o que em nossas camadas grudou e quando não somos mais adolescentes sentir estas massas aglomeradas é motivo de demolição, abalo interno. Percebemos que decidir se torna consciente e irmão de consequencias, sempre...as vezes boas, as vezes ruins...nem sempre sabemos, mas sempre sempre aprendemos.
Certamente, fazer um mosaico de tudo que foi bom pode ser a base para novos dias iluminados na estada aqui na Terra. eu amo poder participar disso.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caminho para começar...



"Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação existe uma verdade: no momento em que nos comprometemos, a providência também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da decisão, segue-se todas as formas de coincidências, encontros e ajuda que nenhum homem jamais poderia ter sonhado encontrar. Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém, em si mesmo, o poder, o gênio e a magia.” Goeth
Grávida de Iniciativa...assim é a vida, tendo sua nascente nas escolhas bem como acolhida em todo coração que quando aberto encontra espaço para tudo que faça sorrir, arrepiar, repercutir...como os deliciosos sons delicadamente organizados que alguns sintonizados artistas fazem por aí, ou como as tintas se misturando e matizando papéis, pessoas e paredes, ainda, do mesmo modo que seres se encontrando e deixando seus pensamentos, ideais e sentires simpatizarem e do confronto desenharem surtos de novas possibilidades, espasmos de um novo existir.
Essa novidade vem da natureza das coisas que são como são quando nos deixamos encantar, encontrar, encostar...falo sobre um momento de registro prático da organicidade que falei no último post re citar organicidade muito cabe aqui...é como se eu tivesse experimentado intensamente a prática do que a pouco escrevi, não ainda em cartas com um pessoa por vez mas ao vivo com muitas pessoas por vez...
Rizomático,performático, delicioso (adoro usar delicioso)...

Com chuva, com vento, com tempo, deixei o dia correr e a energia penetrar, daquele lugar, por todos os meus poros para que eu pudesse me aproximar daquelas novas informações e trocar, dividir, compartilhar e me divertir...é porque se divertir é caminho para começar...é caminho para sonhar. E eu sonho!!!

Post dedicado a Tatá Muniz, meu parceiro de todas as horas (oh tô parecendo um véinha falando amor) A Fab Fabulosa, Laura, Mi e Pablo Capilé, iniciando pelo último que nos convidou para aperecer pela Casa Fora do Eixo, a Paula Mello pelas belas fotos e aos amigos do Madame Saatan presentes por lá que sempre nos fazem muito rir (gargalhar na verdade gente, Edinho é uma figura plena!)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Espaços Orgânicos



Woooooou! A quanto tempo não venho aqui. Tantas idéias e um espaço de escrita vazio.
Acho que fiquei tão satisfeita com o que meu ultimo post causou em mim que de repente deixei de escrever...Transmutei e não transcrevi.
E, falando de escrita, DE TRANSMUTAR, recebi uma carta nesta semana, de uma amiga mirim que fiz a aproximadamente um ano, com sua própria letrinha, nada de computador e com desenhos...emocionante. Óbvio que eu saltitante respondo com cartas artísticas as suas intervenções em minha vida... Estou contanto isso porque a última carta dela me tocou de modo especial, me fez ver que no coração das pessoas e, em especial das crianças há muito amor e luz, ou seja há muitas possibilidades...ela escreveu do lado de fora da carta "CARTEIRO, ESTA CARTA QUE VOCÊ CARREGA FOI FEITA POR UMA MENINA DE 10 ANOS, ARTESANALMENTE E ELA LHE MANDOU UM BEIJO". Isso me fez pensar na necessidade de se comunicar e na amplitude que esta atitude tem. Nada supera o encontro, o confronto, de delicias, de idéias, de prazeres, nada supera o toque, o suporte de um passaporte ao sorrir, ao chorar, ao amar...amo estas hoje inusitadas e ao mesmo tempo arcaicas situações onde o olhar da palavra "artesanal" é o mote. Onde os espaços Orgânicos são o combustível do existir...

Laura - este é o nome de minha amiga - você tem me feito sorrir ainda mais e acordou em mim a necessidade de me comunicar nos espaços orgânicos! Adorei te conhecer...


Observação: Com isso, caso eu demore a voltar neste blog é porque talvez, eu esteja ocupada com encontros não virtuais...amo vocês!

domingo, 20 de março de 2011

Amar não custa Nada



Estou parada, quente e inquieta em cada microporo...no colo o computador, ao fundo próximo o som delicado de Kate Tunstall, nostálgico, me acalma e acaricia...mais ao fundo ainda um barulhinho de carinho representado por sonoridades de cozinha, especialmente som de ovo fritando me soltam lentamente de camadas do presente e, se for mais para lá, ainda mais ao fundo, escuto camadas de uma voz dobrada de amar. O Ovo estoura, assusta, convida os ouvidos a sorrir pois quer dizer: "ele está a agradar você, sim ele ama cada pedaço seu..."Por que hesitar então? Amar não custa nada e sempre que me questiono escuto a sensação que sobe de meu Chi dizer "estou aqui, sou forte, sou ainda constante e embora pareça não te tocar a todo instante, existo e me chamo AMOR" POr isso, nestas entrelinhas de momento, repiro e respeito a sensação presente de amar que me habita. Confesso, ela se renova e tenho, cada dia, que aprender a transmutar e com ar de novidade sentir...prossigo repetindo, Amar Não Custa NAda! POr isso eu amo!Ame...

Obrigada Universo Cósmico por esta oportunidade...


Foto: André Uba

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Amo um amor que não se explica...



Eu amo um amor que não se explica. Assim como tintas e sons não se desgrudam de mim, um certo amor inexplicável e singelo teima em povoar meu coração. Há doze anos ele faz jardim florido em mim. Mesmo que as vezes doa, que as vezes pareça a toa, sem querer me arrebata avisando "ainda estou aqui, bem aqui". Estou diferente, mas estou presente. É grátis, gratuito, passeia em mim e quer ficar, porque então devo rejeitar? Compreendo que devo respeitar. Respeitar o tempo desta história, que por presente memória conto: ainda não chegou ao fim.
Assim, simples e sincero, por vezes quase silencioso, me elevo quando respeito este fato em mim, em mim mesma. Quando respeito este fato em mim mesma, cresço algo a mais em mim. Fico mais feliz, sem temor. Apenas querendo ver a cor, a cor possível de um amor independente dos terremotos e intempéries, independente das diferenças das espécies. Independente do que a sociedade exija para uma casal existir. Sinto o que é possível sentir. Sinto um amor puro. Escuto meus poros, cada partícula em mim e repeitarei-as...quando elas mudarem saberei aqui, no coração, saberei em mim. POr enquanto sigo amando...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lavare



Lavanda, "lavare", "lavar", elevar, levitar, levantar,
Suspender as energias, agir conscientemente sobre ser e sentir
é um exercício que tenho feito ultimamente com verdade...

...uma fragrancia suave paira em minha sala e aos poucos,
quanto mais a noite cai e certo tranquilo ar refrescante entra
o campo de energia por aqui muda, muta, se transforma.
Embora meus olhos ardam e minha cuca as vezes sinalize
Reclamações, eu agora me sinto mais feliz!
Ontem foi um dia especial...um encontro com arte e pessoas
Disponíveis para encontrá-la dentro da educação
me deram mais vontade de viver. Depois, muitos abraços em uma amiga
que aniversariou e é leve e livre como vento, fecharam o momento
me dando um presente, este que trouxe o cheiro bom e as melhores energias
aqui para minha casa! Amigo ter amigos e coloridas escolhas
amo viver e dividir...amo partilhar. Disso vale a vida! Lava a alma...
...LAVARE...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vamos brincar com o tempo?



Estou cá eu na casa dos meus pais a ouvir a chuva e pesquisar arquivos antigos criados por mim neste computador e acabei por descobrir preciosos trabalhos...vi meu processo de apredizagem dentro do bichinho de silício e sorri! Abaixo partde de minha descoberta...algo que estava pensando em 2005...Sobre o famoso TEMPO!

Somos um tempo frente, um tempo agora, um tempo que que por pressa cessa, prorroga. Coloca lado a lado valores prá se ter e desgruda do indivíduo o que faz dele ele mesmo ser. O engloba num todo, que lindo! Que nada...desfaz importância de sorriso, indício de estímulo de corpo e corpo pra quê? Corpo é presença, é sentença, é espaço. Corpo é conversa, sentido, toque, ato. Corpo é rasgo é grito é fato, corpo é caminho de sensação, aquele que o tal tempo frente, pouco a pouco, nos faz perder, nos escondendo de nós mesmos para que nenhum barulho vivo se possa tecer.
Não corpo? Não fluxo. Não criação...sem a fruição a idéia não gesta, não há filho, nem questão. Só avenida de vontade em noites espaças de tesão coletivo onde o corpo pelo encosto da palavra gera sentido e faz vontade de acontecer. Sentadas em escuta por Gisa, nos invadem pensamentos de Lygia, Clarisse, Deleuze, fazendo desenhos internos por vezes marcados a se ver. No rosto o medo e uma vontade que ultrapassa o corpo e faz alarde, sempre surgindo uma teia de questão. Dentre elas como ser “eus”e viver-ensinar“estados de arte, no modo de ser contemporâneo contraditório que avança e atrasa quando sustenta “fôrmas”para educar“povos”? Como não sermos engolidos pelo bicho-fada que nos dá a voz e em seguida cala nos dando regras de saber? Como experimentar a arte educação no instiuído? Como provocar e sustentar fluxos de invenção em uma geração que almoça e janta tv? Como?

...Neste instante meu corpo pulsa e dialoga comigo. Me conta um segredo de se saber...ele diz que a graça desta história é o desafio. O fazer acontecer...lidar com o fluxo é complexo e contagioso. Vamos brincar com o tempo...

de 01 de junho de 2005 para 11 de janeiro de 2011
Acredito que o tempo virou massinha em minhas mãos!!!!

Agora está bem mais divertido!!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Depois da chuva...



Ar fresco, refrescantes visões, delicada é a imagem que aparece ali, depois da chuva.
Exatamente depois da chuva quando as surpresas acontecem, quando já podemos sair, quando as flores agradecem e os frutos podem vir, ainda que verdes, vertendo mar de novidade em sua respiração, sim, assim é a sensação de bem estar para recomeçar...

Desejo a todos que passarem ou passaram por aqui um 2011 especial, repleto de depois da chuva! Repleto de novidade! Luz a todos vocês!