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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

É de manhã!

Se sentindo, sentido aproxima transito interno de externas constantes visões
por vezes apagadas. Há muito calor aqui, decidir afazeres confunde.Um pássaro canta lá fora, um cão late e um grilo ri. Não ouço os carros, não ouço os carros e agradeço. Agradeço!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Paisagem Orgânica


"No mundo acontecem mortes, guerras
e a paisagem fica orgânica..."
reflexão de um grupo de crianças de 11 anos
Pequenos, borbulhantes, desejantes
De olhares arregalados, olham pelos poros
e conseguem ver o que nós não vemos
Veem o que querem ver, e só!
POr vezes surpreendem.
São de diferentes tipos, tamanhos, valores
Todos inquietos, curvatura esta que todos tem em comum
São vivos, é são vivos e por isso
só por isso, e mais nada, não suportam acalantar.
Falam alto, muito alto, o tempo todo, parece querer ocupar
todo e qualquer espaço com sua voz, voz gritante!
Estes seres em processo de descoberta do mundo
são minha paisagem orgânica atual, no entanto, são também o oposto
do que alguns deles mesmo refletiram sobre o que venha a ser uma paisagem orgânica.
Engraçado, naturalmente algumas coisas perdem realmente o sentido. Como a própria vida. Vida é organicidade e para estes seres crescentes de hoje, organicidade é morte. Entendem eles que tudo o que é lixo advindo de vida, é orgânico.
Engraçado ou tristo, a paisagem esta assim
Orgânica Dúbia
Viva e morte e o pior, sinto isto aqui dentro de mim!
Atidude? DEve ter se escondido por traz dos gritos gigantes destes pequenos
Gritos cheios e vazios...vivos ou mortos?
Não sei se quero saber!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estar Vivo



Hoje tem Mais Massa, um projeto bem bacana que merece seu olhar e corpo presentes. Conheça mais no link abaixo e apareça!


http://identidademusical.com.br/bda/

DEDICO A ESTE DIA E ENCONTRO AS PALAVRAS ABAIXO:


Os olhos ardem, mas é de satisfação...falta o ar, coisa de um tempo quente...tempo quente, idéias quentes, céu azul, calor no pé,moleza na nuca e um bem estar. O descanso será fora, será em movimento, com música, uma espécie de templo. Na presença de amigos a contentação de contemplar o estar vivo então!
Compartilhe!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pappas Palace Nasceu!




Remanescentes do "corpo orgânico eletrônico coletivo urbanóide" iniciado em 2006, JUlia Car, hoje nascem, transmutados, em novo corpo. Mais leve, mais livre, mais pop, posiciona-se por persistente presença sonora, ora valvulado, ora digital, para colocar eminências gerais em movimento.
Movimento, seu nome,independente da circunstância, está unido para comungar sensações e interagir.
As palavras "delicadamente exauridas", exportadas de encontros internos da voz femea, combinadas as potências sonoras masculinas de todo grupo, geram novidade.
Está, o corpo, nascido hoje, aberto à visitação, conecções e interlocuções.
Aproximem-se! Desloquem-se!Sejam bem vindos!

Em breve um myspace com músicas novas e divulgação do ep Uma Dose.
Pappas palace chegou!
Que o universo cósmico e terreno vos abençõe!
escrito às 10h24 da manhã de hoje por Julli Pop

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Lua Nova


Este post é dedicado ao amor da minha vida!

Hojé é Lua Nova...a minha pede para amar bastante!
Como fazer? Como abrir um vão no tempo espaço cotidiano ziguezagueante,
para preencher de delicadezas e serenidades as horas? De cara, comecei mal! Ansiosa com os acontecimentos profissionais, atropelei as possibilidades do encontro vermelho e causei certo desencontrar. Às vezes não sei chegar...às vezes não sei ouvir...às vezes não sei dizer, não sei sentir e me atrapalho. Como perceber o que que está fazendo certo espaço, por vezes, ficar opaco? Quase vazio? Um vazio de lá, não um vazio daqui!
Ao menos sei que o que sinto é dervadeiro e está bem carregado, está ainda bem bem vivo! Ássim, basta reagir ao medo e apostar em uma forma de transcender as algemas dos dias para ver o azul, em companhia...

"não é por que tá muito frio
não é porque tá muito calor
o problema é que eu te amo"
Nando Reis na voz de Cássia Éller

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MACRO VISÃO


imagem André Uba / saturação Julli Pop
HOje quero imprimir minhas percepções dos últimos dias com palavras de um outro alguém, um outro alguém que não por acaso, parece muito bem conhecer a deliciosa sensação de escrever. Este alguém, descrito ao término do texto conta sobre suas experiências com um amigo que tivemos em comum e que sabia olhar o mundo por uma MACRO VISÃO. Ele demorou demais para perceber o quanto isso era importante e se foi cedo mas nos deixou delicadas possibilidades de experimentar VER O MUNDO de modo "LUPADO"... deleitem-se.

Lição de Fotografia
Certa vez um amigo me ensinou a fotografar. Ele me mostrou todos os princípios básicos da fotografia: segredos de luz, jogos de ângulo, manuseio da câmera... Enfim, como aplicar ao máximo a arte de captar imagens.
Em cada aula eu aprendia um pouco sobre a arte de fotografar. Meu amigo sempre me dava dicas e conselhos, e assim transmitia a mim toda sua experiência em fotografia. Penso que uma das maiores virtudes do Homem seja a generosidade, e esse amigo tinha generosidade de sobra para repassar o que aprendeu; tinha gosto por irradiar o conhecimento.
Irradiar conhecimento é ser tal qual uma caixa d’água, que só começa a encher de novo quando a água que tinha em si é retirada. Assim somos nós, se não repassamos o conhecimento que temos, logo sucumbiremos, logo apodrecerá dentro de nós. Se o repassamos, ele faz discípulos, e esses discípulos farão outros e o conhecimento se propagará em escalas inimagináveis.
Os fotógrafos são pessoas generosas por natureza. É só atentarmos ao fato de que raramente eles aparecem em uma fotografia. E se alguém lhes pergunta por que não apareceram, respondem que estavam lá só que ninguém os vê porque estavam por trás das lentes da câmera. Mesmo assim, não medem esforços para nos presentear com imagens da vida.
Em uma das muitas aulas que tive, meu amigo resolveu não tratar de técnicas nem abordar temas externos; tirou esse dia para falar sobre aquilo que, para ele, realmente importava na arte da fotografia:
“- O rosto é o que realmente importa!”
O rosto a que ele se referia é aquele que quase nunca conseguimos ver. Mas não porque nossos olhos perderam a capacidade de enxergar, e sim porque não sabemos olhar para o lugar certo. Não enxergamos porque estamos acostumados a olhar o mundo por cima, sem nos preocuparmos com o que acontece sob nossos olhos. Nem imaginamos que algumas coisas de suma importância ocorrem bem debaixo dos nossos narizes.
É o rosto que realmente importa, disse ele, pois é no rosto que está o sorriso. É o rosto que revela a alegria ou a tristeza de alguém. É no rosto que estão os olhos, o nariz, a boca e os ouvidos bem ao lado dele. É no rosto que estão quatro dos cinco sentidos do corpo. Mas para isso ninguém liga mesmo, estamos todos preocupados em olhar para cima, a visão macro ou, como diz o ditado, “olhar para frente que atrás vem gente”. Mas o que importa realmente está embaixo. A visão panorâmica mostra, quando muito, os cabelos brancos ou a linha do horizonte que quase nunca revela algo novo. Às vezes, é bom sim olhar para baixo em busca de algo diferente.
- Agora sei por que o rosto importa tanto, amigo: sem ele a foto perde a razão de ser!
O rosto é o que importa, mas nenhum dos sentidos importa mais do que o outro. Cada um tem sua respectiva função: os olhos são a lâmpada do corpo, veem o mundo e iluminam os caminhos; a audição nos permite escutar todos os sons do planeta; o olfato inala o fôlego da vida e fareja os aromas do mundo; o paladar prova de todos os sabores... Quanto ao tato, que não está no rosto, ele pode ser encontrado nas mãos do fotógrafo que, com sua sensibilidade, buscou no chão um rosto que representasse num só enquadro toda a essência do existir.

Crônica dedicada a Fernando Antonio Ozório, o saudoso amigo-fotógrafo a que o texto se refere.


Deivid Augusto Samora

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CESÍ N'ESE PAS UNE PIPE ou LeTra MOrta


obra de René Magritte - 1928 - "Cesí n'ese pas une pipe"


"...não é o que não pode ser que não é
o que não pode ser que não
é o que não pode ser que não é..." Arnaldo Antunes


Cachimbo, palavras, finais, necessidades, conjuntos, casais, histórias, discursos, postagens, abusos, essência, dinheiro, iguais?
Hoje cedo li na Ilustrada, algo escrito por Ana Paula Sousa, uma repórter Local, sobre direitos autorias. Como lidar com isso na era intenética em que estamos, onde quase somos de certa forma manipulados pelas máquinas? Manipulados por um desejo de socializar, um desejo de diálogo coletivo que agrada na verdade o ego e só? A escrita discutia uma lei que foi sancionada no século 19 e que é claro, não cabe mais aqui. Mas...o que cabe aqui?
"Definição de limites para a internet? Como saber quanto a proteção não restringe a difusão do conhecimento que é a base deste veículo? Como preservar aqueles que dependem do direito autoral para pagar as contas do mês?" Estes questionamentos partidos da escita de Ana Paula nos coloca a refletir sobre o ambiente tempo espaço em que vivemos. O que queremos? Como queremos? Criação Colaborativa? (vide Revista Vida Simples deste mês). Difícil acertar, saber. Dá para domar?
Magritte em 1928 criou a pintura acima que ilustra este post e se alia aos questionamentos descritos para realmente enornar nossas idéias. Ele disse: "Isto não é um cachimbo", EMBORA ESTIVÉSSEMOS VENDO UM. Realmente não era, era uma pintura. Assim, como a metáfora de Renné acontecem nossos dias virtuais, metafóricos. "Nada na verdade é o que parece ser"...não vemos o que vemos mas vemos algo que sempre por traz dele existe outro a se dizer...
Ai...complexo? Simples? Acredito por hora que simplesmente para ser vivido. E você?

sábado, 7 de novembro de 2009

SÁBADO



Retrato Quase Apagado em que se Pode Ver Perfeitamente Nada
de "O Guardador de Águas"

Não tenho bens de acontecimentos.
O que não sei fazer desconto nas palavras.
Entesouro frases. Por exemplo:
- Imagens são palavras que nos faltaram.
- Poesia é a ocupação da palavra pela Imagem.
- Poesia é a ocupação da Imagem pelo Ser.
Ai frases de pensar!
Pensar é uma pedreira. Estou sendo.
Me acho em petição de lata (frase encontrada no lixo)
Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos.
Outras de palavras.
Poetas e tontos se compõem com palavras.

Me componho de imagens que me geram palavras, sensações de vida que fazem tudo fazer sentido para mim. Lá fora cai tranquilidade em gotas e aqui eu respiro suave. Amanhã tem alarde que vem de dentro, é o que chamamos de ensaio, uma comunhão de desejos que fluem através de sons, sons organizados nos quais impregnamos nossas idéias e nos fazemos felizes para deixar outros felizes também. É realmente uma benção fazer parte disso...vamos jantar. eu, meu amor e minhas palavras.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Argh!

meus olhos estão mirrados mas não consegui mais dormir. eram 7h quando acordei embora desejasse dormir mais, mais umas 3. Lavei o rosto, tomei café e voltei as estranhas sensações que estava sentindo antes de dormir. Tenho sentido coisas estranhas, bem estranhas. Estou na verdade de tpm. Prefiro quando ela vem happy, odeio quando vem bad e desta vez parece que veio meio bad. Estou me achando a mais gorda do pacote. Feia, sem graça...ai que desgraça. Não costumo ser assim não, mas estou assim e o pior é que sem nenhuma disposição para transformar radicalmente a situação. Este é um daqueles posts só para mim, daqueles que não se divulga sabe.
Eu diria que estou apenas vomitando.
Acreditem até sinto falta de ar. Certa ansiedade me corrói. Espirro mas nem tudo vem à tona. Fico como o dia, ora brilho ora ofusco.
Para alardear estas sensações idiotas, é porque realmente as considero idiotas, odeio me sentir assim, vou para academia, malhar e estravazar esta energia parada que parece se acumular em minha barriga e pernas...(também na cabeça)
Argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Bamba...assim era chamado.




Eles são sinal de melancolia agora, unidos ainda que soltos, misturados e presos ainda que pareçam livres...eles guardam histórias que só os que usaram podem contar.
O pátio, o parque, a praça, a caça, a aula, a rima, a briga, a bola, a corda, a tia, a prof, a prova, o beijo, o gosto, a alegria, a ousadia, o medo, a escolha, o início e o fim. Um fim que faz nascer revoadas aqui dentro.
Estes da foto não foram meus, ainda que os sinta assim...já tive brancos, também azuis. Já escondi coloridos dentro deles. Escondi pressa, escondi festa, escondi desejo. Creio que desejo de viver nasceu ali, dentro do bamba azul. Confortável e flexível me fez ser muito do que sou, me fez querer voar, ir onde nem imaginava que pudesse chegar, me levou a confiança, a esperança, às crianças.
Hoje me despeço deles e delas (as crianças) como aluna e como professora, e se estampa em mim satisfação, pois os que me proporcionaram estar ali me apoiam e são sinal de mudança.
Hoje o bamba é herança e lembrança...

Psicotrópicos




Psico psiquê Trópico aproximar, cisma eleva tropeço
Impede as peças,o encaixar...Aí já viu, desencaixe aparece!
Assim foram os últimos dias já distantes e inertes.
Ainda bem que quando o hoje acaba vira ontem
e facilita certas situações quase inóspitas
impertinentes, indecentes...drogas que grudam na mente e que
podem, sim podem, viciar.
Ainda bem que sou adepta a luz do sol.
Dentre estes dias, digo entre 31 e 01 - apenas dois -
cervejas, ensejos a sorrir, regaram, não em mim mas em meus queridos
a possibilidade do transportar. Sair mesmo que ainda em si, de si mesmo, e passear.
Passar..sustentoaram elas o rasgo que estava por chegar.
Chegou, avermelhou e graças as marolas de alegria proporcionadas por um "não aqui", passou, ainda que parecesse não passar...
Um fim de semana de muito movimento. Apenas um post não vai adiantar...
por isso, a seguir: O bamba...