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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Deuses Embusteiros


Artista: um traidor em seu sentido Deleuziano, Prometeu proto Punk, seriam eles uma ameaça a população? pergunta Lobão

Estive ouvindo de boca Loba, a poucos bons minutos, em um episódio do Café Filosófico, algumas intrigantes expressões:supermercado de ofertas traiçoeiras,Jabá coisa muito brasileira, desobediencia civil,somos acachapados! aí me pergunto: Como escolher? Como escolher um caminho sem ser atravessado em baixa pela pressão cultural predominante? Como não perder a espontaneidade da criação? Se manter "estilado"... Presos nós estamos em um sistema construído por seres teoricamente pensantes da música que exigem nem se sabe o que... Ontem no Roda Viva ouvi Fábio Moon e Gabriel Ba, quadrinistas brasileiros, dizerem que copiar é saudável mas o que mais e muito importa é o artista saber o que ele QUER e qual o seu modo de FAZER ISSO, seu modo particular e pessoal, sua LINGUAGEM! O mesmo dizia Viviane Mosé, em outro episódio de Café FILOSÓFICO exibido ontem também, quando assegurava que a passividade dos jovens hoje vem de um modo massificado de educar que deseduca, que, "monotomiza", se assim posso dizer, as pessoas deste século. Falta movimento, falta atitude, falta escolha...tudo isso porque falta ainda afeto próprio só para inicio de conversa, e para meio, falta também percepção, sensibilidade. Ela cita a capacidade de percepção e atitude estética como meio de tranformação para a situação atual pasmassenta que se encontra a humanidade hoje. As pessoas parecem ter medo de falar, ficam em cima do muro, surgem com um papo do politicamente correto que parece não servir para nada pois não causa debate, não movimenta, não entusiasma e entusiasmo é mover de vida. Estaríamos todos mortos vivos?
Hoje a ampliação de repertório é livre e por isso, tantas vezes vazia visto que a galera se perde em tantos links fúteis que parecem ser mais atrativos que tantos bons outros como estes que encontrei hoje, e apresento aqui. Tanto falta o amor, se assim melhor traduzo, que sufocados, os novos artistas novos, escrevem sobre o tema (amor) de modo meloso e sem corpo, quase um vazio, me perdoem todos eles!!! EScuto-os, escuto-os para saber o que se passa, assim diria JOrge Larossa mas no sentido de fazer e experimentar para descobrir, significa que experimentar integral e não parcialmente, experimentar de corpo inteiro e não apenas a superfície...se pá, eles até experimentam, só gostaria de conhecer o que eles estão descobrindo para entender porque tais descobertas não refletem atitudes políticas e sim uma gigantesca imparcialidade.
Muito sincronicamente, achei uma fala de Edmilson de Castro, que muito bem conclui parte deste descrito pensamento, ele diz que "é preciso estar disposto a colocar em dúvida velhas e reconfortantes certezas, sofrer as dores e o incômodo de se ver "perdido", mas, com os sentidos aguçados e renovados de quem ousa reconhecer e enfrentar os perigos daquilo que faz. Quem sabe assim possamos, libertar Prometeu de seus infortúnios.
Só para atordoar: quem são os Deuses Embusteiros? Estes que nos atrapalham viver o DEVIR...quem são, estariam empregnados em nós?

Temos livre arbítro, aliás, o que nos faz humanos, então
Para Cima e avante!

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